segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Todo mundo passa.

Toda minha tristeza não se expressa em versos ou palavras
Mas toda minha tristeza cabe em uma lágrima
Essa inunda meus olhos pouco a pouco
Dois olhos, úmidos, transbordam a agonia líquida
Composta de água salgada assim como o motivo que o valha
Rompe a barreira dos olhos e toma o terreno da cara
Suave, por fora,vai escorrendo. Por dentro estraçalha

Desgruda da cara e toma o chão
Não soluciona o problema
Mas aliviou a tensão

Depois de chuver
A calmaria chegou
Acabou o choro, a chuva e amor.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sem menos ver teu semblante,
Poderia reconhece-la a milhas de distância
Quem fora e outrora me dissera que tu não existia
Me deixara senão com as garras e afiando a pontaria
Claro, senti-me desafiado, logo inseguro
Senti então a agonia, os pingos das horas e dias -
Despejavam em minha cabeça, gota por gota
Descia, e descia
Escorrendo pelo meu rosto e cabeça
O suor do pescoço à testa, subia
Essa que de ponta me erguia, a agonia
Barreira essa que mais fardo me trazia
Porém, apesar de densa e comprida
No plano material, palpável, não existia
Logo percebi que meu inimigo
Não diferia de meu aliado
A minha conquista
E minha derrota
Ambos do meu lado
E eu já sabia a moral que a história trazia





sábado, 13 de novembro de 2010

Do jeito que tu me olhastes naquele dia percebi logo o que viria
Um encontro assim não acontece todo dia
Se tratava de um encontro de anos de separação e agonia
E quando finalmente nos encontramos, nos olhamos
E logo nos amamos
Cada dia parecia um novo encontro
Cada olhar parecia inédito
Como se a paixão acontecesse todos os dias
E há tempos não me via sorrir daquele jeito
E há tempos você não acordava tão feliz


Quantas vezes vou ter que morrer e renascer para aprender a amar você ?